Aspectos comportamentais nas alergias e intolerâncias alimentares
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a condição celíaca acomete 1 a 2% da população mundial, mas, no Brasil, segundo a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra) ainda não há uma estatística que defina o número de casos específicos. Sua epidemiologia tem característica análoga a de um “iceberg”, ou seja, existem mais eventos não diagnosticados de forma correta, do que com diagnóstico definido adequadamente. Isso acontece devido à inespecificidade de alguns sintomas.
Conheça os principais:
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Diarreia crônica
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Inchaço e dores abdominais
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Emagrecimento
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Falta de apetite
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Vômitos frequentes
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Comprometimento na absorção de vitaminas e minerais
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Anemia
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Prisão de ventre
SINTOMAS TÍPICOS
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Atraso no crescimento
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Humor alterado
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Aftas de repetição
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Dermatites (lesões na pele)
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Osteoporose/osteopenia
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Queda frequente de cabelo
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Enfraquecimento dentário
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Infertilidade
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Risco para câncer (principalmente gastrointestinal)
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Irritabilidade
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Manchas dos dentes
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Abortos de repetição
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Doenças neurológicas
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Transtornos depressivos
SINTOMAS ATÍPICOS
A intolerância a algum tipo de alimento é uma maneira diferente de descobrir novos sabores culinários e distintas culturas. Existem muitas substituições que podem ser realizadas com sucesso, sem perda de sabor e nutrientes.
HISTÓRICO
A doença celíaca começou a ser investigada na metade do século II a.C., então, descrita como indivíduos “koliakos”, palavra de origem grega e que significa “aqueles que sofrem do intestino”.
CONTEÚDO DOENÇA CELÍACA
SINTOMATOLOGIA
Ainda que sintomas mais comuns não estejam presentes, mudanças na mucosa do intestino do celíaco já são ocasionadas quando ingeridas pequenas quantidades
de glúten.
A doença celíaca é uma doença autoimune, ou seja, o organismo produz anticorpos que atacam os próprios tecidos, o que pode afetar diversos órgãos e desencadear manifestações extradigestivas.
A doença celíaca normalmente é detectada em crianças, mas os sintomas podem aparecer em qualquer idade.
Estima-se que, a cada 474 pessoas adultas no Brasil, uma seja portadora de doença celíaca (DC). É provável que estes dados sejam subestimados, uma vez que existem pessoas portadoras de DC que não são diagnosticadas.
DADOS DE PREVALÊNCIA
A forma clássica da doença celíaca e mais comum no Brasil é quando os sintomas, como diarreia, distensão abdominal e irritabilidade, aparecem entre 6 e 24 meses após a introdução do glúten na dieta.
Em uma pesquisa realizada no Reino Unido, com 322 chefs de cozinha, verificou-se que apenas 17,1% tinham algum conhecimento sobre doença celíaca.
É comum a ocorrência de doença celíaca em mais de um membro da família. Estudos de segregação familiar têm sugerido importante predisposição genética à DC, caracterizada pela prevalência de 8% a 18% entre os familiares de primeiro grau.
É possível ter uma alimentação glúten free!
Entre as farinhas e féculas, aquelas liberadas para o consumo de celíacos são: farinha de arroz, farinha ou fécula de mandioca, farinha ou fécula de batata, farinha de milho, fubá, amido de milho (maisena), macarrão de milho, mandioca ou arroz.
DIETA E FATORES RELACIONADOS
Possivelmente, fatores como o aleitamento materno até a idade recomendada, introdução tardia do glúten na dieta e, principalmente, variações quantitativas e qualitativas na ingestão do glúten possuem associação direta na forma como a doença celíaca se manifesta.
A retirada do glúten da dieta de pessoas com doença celíaca constitui o tratamento efetivo da doença. Sendo que o cumprimento da dieta reduz o risco de linfoma e de outras doenças malignas, como osteoporose.
Com adesão total à dieta isenta de glúten, os sintomas e deficiências nutricionais decorrentes da doença celíaca podem regredir, tornando os níveis micronutrientes, nos valores adequados.
Pessoas com doença celíaca podem ter deficiências nutricionais devido à má absorção de nutrientes, como por exemplo, deficiência de ferro, ácido fólico, vitamina B12 e de cálcio, que devem ser diagnosticados e corrigidos através de um plano alimentar e suplementação, se necessário.
Referência Bibliográfica:
(FLORES, F. S. Projeto de restaurante com cardápio livre de glúten e lactose. 2010. 91fls. Monografia (Graduação em Engenharia de Alimentos) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010).
Referência Bibliográfica:
(REIPS, D. Doença celíaca: aspectos clínicos e nutricionais. 2011. 16fls. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, 2011).
Referência Bibliográfica:
(UTIYAMA, S. R. R. et al. Aspectos genéticos e imunopatogênicos da doença celíaca: visão atual. Arquivos de Gastroenterologia, São Paulo, v. 41, n. 2, 2004).
Referência Bibliográfica:
(ZANDONADI, R. P. Massa de banana verde: uma alternativa para exclusão do glúten. 2009. 105fls. Tese (Especialização em Ciências da Saúde) - Universidade de Brasília, Brasília, 2009).